Quando o meu olhar cruzou no crepuscular...
Na quietude da hora, lá na matriz, a sós, rezava;
Encontraríes a outra parte de mim que sonhava?
Metade da minha existência e juventude a esperar!
Longos dias e noites ermas a vagar sem a flux...
Sem docura e flores perfumadas pelo céu do amor...
Onde o silêncio vocifera ao prender-me estertor...
Em loucuras murmurantes d'alma sem à tua luz!
E, lá no íntimo d'alma sequei desejos e lágrimas,
Ao peregrinar indefeso por abismos e ruas...
Entreguei-me em medos e solidões esvanecidos!
Nesse vôo errante por mares e céus retidos e profundos,
Num charco viscoso e tremulante que palpitam e vicejam...
Vagas furnas que me enloquecem em báratros que arquejam!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 05/08/2011
Alterado em 05/08/2011