Declinar o verbo sob à lírica e vate...
Prever inócuas rimas ao saudar o verso...
Na esguia palavra que fremente repenso
No titilar do pincel que se abre fervente!
Palavras derretiam em calor dissipante...
Sulcando sonetinhos ao suspirar gemente
Deleite sobre papel em dia escarlate...
Ressoar de liras ao luar - adejante!
Oh volúpia que me acorda...
Oh luxúria fugaz... libertada...
No gosto adocicado que explode!
Que enlaçam versos pulsantes e recorde
Ao adornar o colo da musa de amante...
Coroada em pulcro véu - diamante!