Diante das almas pranteadas m'enterro
Ao pedir perdão pelas faltas cometidas
Pelos pecados realizados neste desterro
- Existirá clemência para estas falecidas?
Diante das dores recrudescidas e desazadas
Recolho-me postada em marmóreo vetusto;
Ao encovar malefícios e desconjurso, purulento
Na existência terrena das almas desgraçadas!
Aos bramidos horrendos das almas pesarosas
- Eu clamo, ao criador! Tenhas piedade de vós;
Afaste-os do passarinheiro e áspides venenosas!
Das almas enfurecidas à beira do sepulcro caiado
Que o divino mestre livre-as das cinzas e nós...
Concedendo-lhes o perdão, fementido!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 12/08/2011