Do sepulcro à vala horrenda que me apraz
Oh! Maldição que me atormenta a carne
Revirando ossos e putrefando a carne...
Exaurindo a minha força vital, contumaz!
Do sepulcro a dor d'alma em claustro e drama
Após tombar meu corpo na lápide que rama...
Onde tudo se finou em expurgo traço, renhida
Ao renascer da carne funesta em outra vida!
Revejo-me insonte em tenebrosa vala...
Corpo tão jovem a escorrer feito larva...
E tudo se acabou dentro de mim, enfim!
Minh'alma perambula errante em vala, sem fim...
Ressurgir da aurora, inexorável, que despontas...
Quão enxárcia em duras penas que defrontas!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 16/08/2011
Alterado em 17/08/2011
