Escuta, oh alma! Por que choras?
Nas horas tristes que apregoas, além
Desditas e lamentos no túmulo, réquiem
Na cova funda, trevosa, que a abrigas!
No recinto em que te encontras...
Impacto trevoso que te oculta, sejas
Proezas e certezas que em si, levas...
No retumbar das dores em desditas!
Recorre às sombras e revolvem insensatez
Retira-lhe as forças de um jeito mordaz...
Agora, arrebatado à cova rasa, maldita!
Sem possibilidade do retorno à carne, inscrita...
Apodrecer célere, fétida, sob escombros, incapaz
Estejas cônscio da tua vileza e pequenez!
Poeta: Miguel Jacó – Interação:
Te converto ainda, ao calor do corpo,
Aproveita as energias derradeiras...
Te arrependes das maldades praticadas,
Mas não ouse se fazer de feiticeira!
Tu tivestes mais uma oportunidade,
Neste encarne de profícua duração...
E escolhestes a pratica da maldade,
Redundando nesta total desolação!
Te recolho em ampla insignificância,
Acostumas-te com a negra escuridão,
Os caláfrios fazem parte do bordão!
Outras vezes voltarás na encarnação,
Mas só depois de um acerto divinal,
Cumpra o teu pranto... ai pelo astral!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 17/08/2011
Alterado em 18/08/2011