Vieste dos meus sonhos em laivos de orvalho
No tremular da voz sob lençóis e pelúcias...
Entardecer dos lamentos em crisol de carícias...
Ausência em meus quintais que desfio em galhos!
Vieste do imo d'alma, quão deserto, ermitão...
Dos caprichos e vontades de se estar em tua pele...
Indefensáveis noites "de amantes" que se dão e anele
Outrora, transgressor de suores e amores em vãos!
Agora, consumidos pelos ciúmes e descrença...
Da cumplicidade de corpos e desejos...
Em revoadas de mal amar que me toma!
Acabrunhado, desconfiado, da tua presença,
Que me consome em douras penas e sobejos...
Dum amor imantado por mim em redoma!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 19/08/2011