Oh lua mansa que fitas em segredo
Que velas com desprezo na pujança
Madrugada fulgente que alcança...
Ora morta do desejo em degredo!
Oh lua mansa que cobre...
Negra sombra que apavora...
Ouço ecos da montanha que implora...
Ao curvar-se desacorçoada que recobre!
Lá do alto, assistes, o desvelo, ateu
Desterro profundo em noites exilares...
Depositar do corpo, estendido, no chão lunar!
Não partas, não! Lua mansa! Vens revelar...
O vulto emudecido, lacrimejante, desaires...
Sumiu no breu. E a bela moça! Morreu!...
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 23/08/2011