Ó Musa bela e formosa da esfera alada...
Colo que se abre em remanso, rescende
Na voz que apascenta e desprende...
Véu alvinitente, ao vê-la, tão entediada!
Ó virgem imaculada que reluz em cena
Vagar pelo ocaso em sendas astrais...
Sidérios braços que a recebem nupciais;
Tremular em volúpias e nudez plena!
Alvura casta do teu seio que se bebe...
Néctar puro em lívidos fluídos, diluentes...
Ouvi-se, então, cânticos divinais em prece!
Gema voluptuosa que se esvai e perece...
Solenemente - ao esperar o noivo ardente;
Constelarmente flébil, que também, sobe!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 25/08/2011