Oh sangue excurrente em eflúvios rios...
Sofreguidão quimérica que componho...
Sinfonia etére'a passos mórbidos...
Tropel fatídico da morte que desdenho!
Meu corpo exala fel e sangue, disseminados
Meu hálito arde vermelhiço que tragas...
Minhas palavras ecoam tédios profundos,
Ramificam feito musgos em negras bagas!
Na epígrafe que se diluí e passa na fuligem
Revejo-me morrente em paúras, pranteados
Num cortejo fúnebre de altas vagas!
Oh sangue rubro que se decompõe em pragas...
Ao se espalhar pelo chão maculado, enlutados,
Hora derradeira sob torpores que perseguem!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 25/08/2011
Alterado em 25/08/2011