Ondas pálidas se espraiam em vãos
Lacrimejante dor vêm-me atracar...
Revolvendo memórias em farrapos;
No cais das dores a naufragar!
Pálida escuma quase morta, enevoada
Afogando-me em lágrimas salgadas...
Fanfarreando meu sentir nas horas mortas;
No bodejar final que me entrego, desazada!
Meu pulsar fraco sob tormentas nessa fragata,
Ao debuxar na lousa do mar que deslizam...
Sob mares tempestuosos e amargurentos!
Absorto, saio a ermo... sob cascata...
E, afogo-me em tormenta que me fragilizam,
Ao absorver todo sal do mar que m'entrego!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 02/09/2011