Ó lua mansa - quanto da tua luz me fascina?
Por te fiquei longas noites insone em devaneios!
Quantos amantes esperaram, em vão, ao fitá-la?
Quantas moças e rapazes ficaram a sonharem?
Com teu beijo e anelos em céus - constelados!
Sei que não foi de tudo em vão, viver assim...
O tempo passou, a vida correu e o amor se perdeu
Minha alma voejava, e não era tão insigne, assim!
Sei que atravessei muitos mares e lugares...
Porém, sei que sofri; sei que envelheci e perdi...
Chorei, lágrimas salgadas, bem sei!
Todavia, não me arrependi, de amar tanto assim!
Mesmo sabendo que estavas tão longe de mim!
Á vida tem muitos mares e amores...
Côncavos e convexos; altos e baixos;
Abismos e bifurcações, no entanto,
Sei que, meu coração, será eternamente, teu!
Não importa, não!
Se tu és intransponível ou inatingível!
Sei que um dia, talvez, quando pulsar
No frescor da aurora ao romper o dia
Juntos estaremos, de novo, lá no céu!
Passe o tempo... que passar...
Pois, esse amor essencial - sobrevive
Nas ranhuras do tempo... e na memória
E que, não posso mais viver sem ti;
Porque sem o teu amor...
a vida será apenas:
um sonho
vago
tenebroso
insosso
longínquo!
Ah, o meu amor
Mesmo sem ti...
Será maior:
Que a terra e o ar
Só não será maior
Que o firmamento...
Que espelha tanta beleza
Reflexo inexorável de Deus...
Que ora habitas - indivisivo:
Dentre às estrelas!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 05/09/2011