Perto da morte o homem suspira...
Ao repensar no tacho da vida...
Lembrança morrente, obscura...
Profuso atiçar na cova que aspira!
Estar morto ressoa-se estranha ventura
Abrir o véu da má sorte, atrevida...
Habitar a ossatura da vil criatura...
Pujança inglória, destroçada, infinda!
Ó Morte! Vem altaneira! Sem reservas
No tilintar das vozes ao ermo sob fendas...
Prescindir ilusões; amiúde soverdura!
Ceifar d’almas em sendas trevosas...
Numa escuridão sob oferendas...
Do ardil clamor em desventura!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 11/09/2011