Oh cansaço! Ledo engano;
Sinto-me numa fornalha
Teci uma mortalha...
Do meu viver profano!
Oh paúra de sombras...
Estilhaços de sobras e dobras,
Obscura noite, vã amargura...
Que aprisiona a pobre criatura!
Difícil adejar nesse mundo...
Trevosa senda que rasga a tenda;
Ao retirar o véu escamoso sob penas!
Do existir nefasto em submundo...
Solitária a borboletear sobre o nada;
Ermo esconso! Obtusas falenas!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 13/09/2011