Oh almas cansadas, exauridas...
Forças ateias que choram desafortunadas,
Corações sedentos em mística, desfiguradas,
No altar mor d'almas extenuadas!
Na campa eterna em ritos, estendidos,
Sob pás de cal e terras, reviradas...
Depositar do corpo em purulentas urnas,
Cheiro fétido da ossatura, incinerados!
No fogaréu das dores da carne que arde...
Consumida e putrefata em glebas noctívagas;
Seres em decomposição que apodrecem!
Rogai, rogai! Oh alma proscrita sem alarde...
Na escuridão do mundo em broquéis, vencidas,
Perante a salvação eterna d'almas que sofrem!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 18/09/2011
Alterado em 18/09/2011