Quando vi o teu rosto pálido em sobejo,
Através da vidraça do tempo em refrego,
Previ no frêmito d'alma, o gosto amargo...
Do adeus nefasto do teu último beijo!
Ao tragar a hora macilenta que finda,
O meu peregrinar que mofina...
Nas teias do vento que me acena...
Sorrindo mordaz do meu penar sob berlinda!
Oh como dói amar sem ser amado!
Passar pela vida, incauto, insosso...
Sem ao menos, sorver, o néctar perigoso!
Da tua boca maldita em tom jocoso...
Vai-te de vez; afasta-te do meu viver, belicoso;
Não tens coração; és o meu revés, exorcizado!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 21/09/2011
Alterado em 21/09/2011