Estive num velório, suntuoso...
O noivo, deitado, coroado, ditoso
Flores amarelas e cravo na lapela,
E a noiva, com lágrimas, na Capela!
Ao debulhar tristeza, reservada
Ausente ficava amargurada...
Olhar fixo, introspecto, em querela
Com medo de abrir a janela!
O cortejo foi saindo, silencioso...
E a moça, se exaurindo, sumindo,
Sob prantos e dores em escarcéus!
Corbelhas a enfeitar e cravo cheiroso,
Num adeus, desditoso, enlouquecido...
Faz-se tarde! Chegou à hora - Adeus!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 22/09/2011