Acordei de um tórrido, pesadelo,
Ao ver-te morta num Vespeiro...
Devorada pelos abutres sem desvelo;
A carne rósea que beijei primeiro!
Sonabulicamente, saí correndo...
Para tentar demover-te da cruel sina...
Ao ver-te no breu que se destina...
Abissal abismo, profundo, imundo!
Meus olhos esbugalhados se entregam,
Sob suspiros, lágrimas e gemidos...
Dar-te-ei, tudo! Para não vê-la, sofrendo!
Sendo esmagada na furna pelo abismo!
Mas, lá do alto - uma luz - ressurge:
_ Clarão nos céus! Tu'alma se abrindo!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 03/10/2011
Alterado em 03/10/2011