Ao nascer da hora derramada...
Sinto o olor da tarde ciciada...
Teus braços, sangrando, largados;
Violáceas dores; oscilação e prantos!
Ouço a voz das almas ao relentos...
Tremular dos motes em remansos...
Descerrar o véu da noite que desmaia,
Que se estende voraz e se espraia...
Não consigo enxergar o sol arlequim,
Que adormecido, também, fugiu de mim,
Sob horda, só, sem vida - no fosso...
Então, profuso, eu grito, alhures,
Sob bafejos, inóspitos, tumulares...
Ao encontrar-te, inerte! Oh Poço!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 10/10/2011