Oh acordei sem palavras, lutuoso,
Tudo me parece ermo... submerso,
Meu sentir amordaçado sob invólucro,
Ao vê-la putrefata num sepulcro!
Apreensivo funéreo sob espanto,
Não comprendo tamanho pranto,
Teu corpo jazia inerte, sem vida...
Petrificada! Se abrir... Despida!
Encontrar-te nesta hora tão mordaz,
Tristura e dor me atam - Contumaz!
Com'eu corpo, cadafalso - Estou morrendo!
Atravesso jardins do Éden, a fora,
Ao procurar à flor rósea de outrora,
Ledo engano! Estou sonhando!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 28/10/2011