Sangrar até morrer no esquecimento...
Deixar escorrer o sangue vermelho...
Nas ilhargas do coração sob tormento,
Urdiduras e letargos que espelho!
No reflexo dos anos sob engodo!...
Ao acreditar na lisura dos teus beijos...
Que me embebia do ópio sob lodo,
Nos momentos de prelúdio e refregos!
Não escuto mais à lira dos amores...
Só o surdo... eloqüente... dos horrores!
Oh como dói... ver-te assim, tão cruel!
Atormentando-me em báratros... ateu!
Ao exalar o fel mal dito que esparzes...
Dédalos voraces das tuas verdades!...
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 02/11/2011