Diante da dor em sepulcro fechado,
Rememoro lívida lembrança...
Que se foi na descrença...
Do amor que jaz... sepultado!
Foram longas noites sob tristura...
Jogo venal em dédalo que se mistura,
Ao báratro astral que me confunde...
Co' o ser trevoso sem alma que me agride!
Revido tristezas no último grito,
Ao confrontar-me c' a dor aflito,
No ermo total das amarguras!
Eu que acreditei no amor sem agruras,
Ora funéreo, encurvado... sob ira:
- Não posso mais... ouvir à nossa Lira!...
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 03/11/2011
Alterado em 04/11/2011