E o Velho veio p'ra o labor cotidiano...
Revolver da terra o atro infértil, arcano,
Horas a fio empenhado na luta...
Rasgando o solo, a superfície bruta!
Mas o coração cansou! Sangrou na Aurora!
Hoje fraco entre o Hércules de outrora!...
Foi tombando sem amparo, cambaleando...
Foi-se arrastando, aos poucos se arrastando!
P'ra as bordas fatais dum báratro profundo!...
Quis por um momento ainda olhar o Passado,
Tudo rodava! Horrorizado viu como cemitério!
Tudo que deixara, os filhos, a família!...
Pois, era chegado a hora derradeira,
Despedir-se da Dor ao abraçar a Vida!...
Soneto: inspirado na belíssima...
História de um Vencido...
Do memorável Poeta...
- Augusto dos Anjos
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 03/11/2011
Alterado em 03/11/2011