Eu sou o corpo putrefato...
Divisivo, escalpelado, inexato,
Extenuado e desfosforizado..
Alimento dos vermes, desazado!
Envolto em terra escura...
Onde um Coveiro se apura,
Ao realizar o seu trabalho...
Enterrar-me de vez; sem atalho!
Continuo ao observá-lo, amiúde...
Sendo absorvido funéreo no ataúde,
Apodrecendo sob larvas no báratro!
Oh dói! Ver-me assim em féretro...
No visceral inferno dos despojos,
Cenáculo e Sepulcro dos Mortos!...
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 06/11/2011