Fim de tarde, um sol vago morria...
Ao tocar a tez esbranquiçada que ardia
Da varanda uma moça bela se banhava,
Sob raios acobreados que a iluminava!
Do teu colo macio descia um véu dourado,
Despia-se suave e leve, dissimulada...
Era o nosso fim, eu bem sabia...
Contemplar-te naquela tarde que gemia!
Tão frágil e corpulenta nas horas fartas...
Raios e estrelas se esgueiravam ao vê-la,
Quando a tarde adormecia e a noite surgia!
Vejo-a em finos véus num castelo de cartas,
Num crepuscular que fremia ao tocá-la...
Ò Musa! Vens luarizar-me até o raiar do dia!...