C'as mãos trêmulas num vazio...
Desfaleço em lágrimas e secura...
Grito surdo p'ra ouvir meu calafrio,
Ao inundar-me em larvas e tristura!
Já não tenho a mesma força de antes,
Oh dor incólume que fere as entranhas,
Num abismo infernal com mil watts...
Sinto-me estéril, sem noites e luas!...
Eletrocutada ardilmente naquela tarde...
Corpo espicaçado; defumado e'stendido,
Na rua dos medos e nos guetos da vida!
Quero regressar aos ermos sem alarde,
Quiçá, não viver assim, tão ressentida,
Sem me humilhar ou ser ofendida!...
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 17/11/2011
Alterado em 30/12/2011