Boca sedenta dos teus beijos...
Nas noites nevoentas em segredos,
Desvelar volúpias escandalosas...
Nas alcovas alvas das raparigas!...
Ora, pois, sei dos teus votos: não sentir!
Ao enclausurar-te num Mosteiro ao fugir,
Mas eu daqui, desditosa, ao vê-lo cego...
Mortificado na salmoura e desassossego!
Rogo aos céus pelo nosso doce pecado...
Ao sonhar e queimar o corpo extasiado...
Nos véus da paixão insana e desenfreada!
Oh Noviço que me tortura exorcizado!...
Partiste friamente, deixando-me louca;
- Sangrar do coração que não estanca!...
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 17/11/2011