Sinto n'alma uma carência, difusa...
Ao adormecer sob torpor, confusa...
Que s'esvai na voz voraz dos ventos,
Quando atravesso infernos e abismos!
Devolvem 'ma onda de amarguras...
Fagulhas de luzes sob tristuras...
Na insofismável querência de se ter,
Atormentando o meu eu a se reaver!
Nas tempestades dos anos, arfando...
Ao recolher em mim névoas do passado
Longas esperas e dores sob penugens!
C'mo um ser indelével sobre nuvens,
Ao perambular sofres da juventude...
Dum viver insólito em decrepitude!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 21/11/2011
Alterado em 30/12/2011