Ao tomar o cálice lânguido da morte...
Numa taça pequena e transparente...
No reflexo da luz ao embeber o líquido,
Laivos de mim se formam sem prurido!
Foram átimos de mim em frangalhos...
Qu'me seguiam contumaz sem atalhos
Imagens e tormentos sob infortúnios...
Na ânsia mordaz dos últimos suspiros!
Num desespero cruel, sem volta, voraz
Recolho vestígios dum viver mordaz...
Escombros funéreos de mim em haveres!
C'mo posso ter sido tão fraco, alhures?
Ao sorver esse cálice intempestivo...
Que ora jazo errante... feito morto-vivo!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 23/11/2011
Alterado em 29/12/2011