Sentir-se horrendo quando acorda...
Orelhas escuras espalhadas no rosto,
Espinhas na face e cara inchada...
Hálito amargo! Que desgosto!
C'mo é triste estar assim, desprovido,
Tudo que ponho no corpo me destrói,
Não há encantamento, só gemido...
Numa magreza esquelética que dói!
Na minha tapera não há espelhos...
No meu quarto penumbra e charcos,
Na minha vida lamentos e sentenças!
Perambulo pelas ruas adversas...
Solitário... Sem saída... A esmo...
Ao defrontar-me comigo mesmo!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 26/12/2011
Alterado em 29/12/2011