Quanto tempo esperou os teus anelos,
Ao assistir o crepúsculo fugir no horizonte...
Quanto tempo perdeu inócuo em flagelos,
Ao receber a sombra, inefável, distante!...
O tempo foi passando... acabrunhado,
Tudo se perdeu na imensidão...
Não percebeu que estava acorrentado,
Na escura madeixa da servidão!...
Então, ouve-se, uma voz eloquente:
- Venhas repousar livr'e sentirás melhor;
- Receberás o paço ao abrigar-te comigo!
- Seremos errantes na esfera escarlate...
- Onde não haverá tristeza ou dor...
- Só descanso eternal... longe do castigo!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 09/01/2012