C' os olhos sangrando sobre a lápide,
O tempo s'estendia sob mormaço...
Folhas esvoaçam no jardim da saudade,
Onde jaz o teu corpo pálido sob inchaço!
Tudo ao derredor se amortalhava...
Flores bordôs exalavam cinéreas,
Odor fétido num caixão, funéreas,
Submerso em lágrimas e rios de larva!
Oh c'mo dói ver-te cadavérica que sua!
Tu, que eras tão bela em meus braços...
Ora, putrefata, por entre, os germes!
Seja noite escura ou clara lua...
Outrora maviosa... de pulcros traços...
Jazendo etérea no paraíso dos vermes!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 11/01/2012
Alterado em 11/01/2012