Vago vagamente pela estrada,
Cor-ro léguas sem saber de nada
Pu-lo muros da solidão...
Des-carto, desejos afluentes,
Nos rios da sofregüidão.
Vago vagamente pela estrada,
Percorro mares vazados...
Nos tristes olhos desvelados.
Vago vagando visagem na estrada,
Chego a temer a vida em corte,
Jogo jangadas à beira da enseada,
Quem sabe serei tragado pelo bote.
Vago vagarosamente pela escada,
Ao subir os píncaros da glória,
Porém, sinto-me, desafortunado,
Pelo nada... Que só agora me engole.
Vago vagando vertigem na estrada,
Impetuoso, infante, sem dó e sem nada.
Rogo a Deus e aos céus no infinito...
No tilintar das vozes angelicais,
Que me sustentem em suas asas,
E, adejem comigo esta nova estrada.
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 19/01/2012
Alterado em 23/01/2012