Acordei na maresia dormente...
Minha face, escancarada, dolente...
Na penumbra desfiz vultos que ardem,
Anodoadas pelas sendas qu'encardem!
O sol lá fora, derretia mansamente,
Junto com esta tarde nodoenta...
Minha consciência, doía tristemente,
E, o coração sofria, sofria ardilmente!
Ressonado pelas coisas indecisas,
M'entrego em desvario que silencio,
N'alma revista qu'escondo, detido!
Tudo s'encolhe encardido nas brisas,
Num lenço caído, amassado, em estio...
Não verter lágrimas nesse chão batido!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 20/01/2012