Vagava todas as noites, indeciso...
Pelos antros da cidade num crivo,
Sob fuga e inspiração me curvo,
Ao repousar, mais um verso, impreciso!
Ruminava dores e mentiras intensas,
Dilacerava almas em movimento...
Ao peregrinar pelas ruas engessadas,
No limiar do infortúnio e sofrimento!
Desdenhava dores e má sorte noturnas,
Destrinchava abrolhos e céus imundos,
Na linha cruel dos próprios medos!
Amarfanhava gemidos em furnas...
Na urdidura feroz, entretendo-os,
Numa leitura pertinaz sob insultos!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 01/02/2012
Alterado em 01/02/2012