No inevitável da vida me perdi,
Arrebatado por uma chama viva,
Oh medo insólito que me agride,
Na hora morta que me cativa!
Deixo tudo p'ra trás sem remorso,
Não quero mais ficar na moita,
Nesse vendaval que pernoita...
No sepulcro caiado, agora esconso!
Deixo muito mais p'ra ti, doce donzela!
A chance dum viver melhor sem mim...
Eu, que sempre fui o teu maior algoz!
Ora putrefato sob escombro e querela,
E, não mais partilhar do teu beijo jasmim,
Na quietude funérea em vigília - atroz!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 01/02/2012