Ser feio não é mal negócio,
Pois, incrivelmente, vivo no ócio,
Ossatura rígida e cadavérica,
Semblante asqueroso sob carcaça!
Sou feio quando adormeço,
Fantasmagórico quando amanheço,
Caricatura pavorosa e repugnante,
Um ser putrefato e repelente!
A soma do sarcasmo e coisa nenhuma,
Resultado duma monstruosa trama,
Sobrevida simplória que inflama!
Cuspo gosmas no café do além...
Engulo sapos no amargor do desdém,
Degluto insipiência... Ora refém!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 02/02/2012