Abate-me 'sta dor esmagada,
Avidamente sob mágoas...
Num feérico porão desgraçado,
Ao aluir impressões, amarguradas!
Relembrar do amor que sepultamos,
Na lápide trevosa do esquecimento,
Hora compartida sob tormento...
Escavações malsinadas qu'escolhemos!
Não duvidar desse amor ingrato,
Ao reprisar imagens que ora resgato,
Na solitude que me consome!
Devorando-me feito erva no pasto...
Ao ruminar, vorazmente, todo encanto,
Eu, que sempre digeri tanto ciúme!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 02/02/2012