Quando partiste do paço celestial,
Até a madrugada s'enrugou n'aragem,
C'mo folha morta, ao léu da sorte, frugal,
Onde nosso gozo aluiu sem pastagem!
Ó minha doce amada do Recanto!
Onde estás que não respondes?
Em que lua ou esfera s'escondes!
Tu que m'enfeitaste de pulcro encanto!
Colhia frutas fresquinhas e mornas...
Sorvia o líquido nectante dos deuses,
Porém, nada mais tem sentido...
Tudo se findou em soturnas furnas,
Partida só de ida; sem volta, alhures...
Ora báratro esconso... do meu degredo!...
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 02/02/2012