Nesses ermos antigos, projetei...
Inúmeras vezes a tua doce miragem...
Porém, um vendaval açoitou na aragem,
Levando-a na saudade que amealhei!
Aos poucos suas pegadas foram sumindo,
Na imensidão movediça que se formava...
Empencando, amarguras ao vento, aluíndo,
Nas bordas do sofrimento que eu carregava!
Foram tantas desditas que nem sei contar,
Por tanto tempo sem poder te abraçar...
Ao viver naquelas dunas sob agravos!
Ora, castelo de areia ao me soterrar...
P'ra os ermos mais distantes ao sepultar,
Corpo e 'alma em imorredouros traços!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 10/02/2012
Alterado em 10/02/2012