Vago o que apago
na mente desbotada
dum espelho
às avessas
na rua da amargura.
vago o que estrago
no calcanhar de pertardos
ao coçar o chicote
no corte do xadrez..
vago é o que perdi
encarcerado dentro dum vidro
jateado na crista da onda
desovada que sonda.
vago sim, me perdi
num ogro encostado
na via maluca
que bifurca
o que restou do fim.
imerso vagão de furos
que expurgo todo fel
feito faca amolada
na via-crucis dos muros!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 01/03/2012