me calo no falo
no beijo de língua
desliza e se roça
ave de rapina.
trocas de pernas
me calo no talo
da flor que germina
escorre e se deita
gramagem na esquina.
me calo no carro
se come e se cospe
gozo e vadiagem
que ora, rumino.
me calo no gozo
do cerco da vida
no corpo cruzado
não sou mais menina!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 02/03/2012