teu corpo encerra um rio fremente
de cordas flutuantes em puro êxtase...
qu'escorre pelas bordas, lentamente
ao amanhecer di'amante sob frenesi!
teu olhar molhado de delícias, que, me toca
inunda-me de pele ao içar da tua boca
sedenta, ao devorar-me, no silêncio,
sob acordes dedilhados em prenúncio!
teu cheiro suave que acaricia e não se percebe...
a hora morna, que resta no ilusório, entrecortado,
vaivém cortante de luxúrias em fogo cruzado!
teu corpo sobre o meu sem culpas, concebe...
sensação indelével que me prende em anelos...
fêmea no cio ao lacrimejar sussurros e cheiros!...