Textos
Sonetos
sorrir com a boca sedenta
ouvir com a língua nojenta
beber o fel que alimenta
veneno que só violenta.
espumar com a boca raivosa...
derramar com a língua trevosa
lançar o fel em dardo asqueroso
escorrer o líquido letal venenoso.
na rede tecida a sós pelo vento...
ser levado ao léu; reles excremento
jogar o anzol pertinaz de repente...
para o covil duma serpente...
que desliza num pote de barro
ao manchar 'água que escarro.
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 11/03/2012
Alterado em 11/03/2012
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