Eram dias de infortúnio desmedido
Ao levantar da cama, que sacrifício...
Na qual vivia sob disfarce, escondido
Sair do casulo, um verdadeiro silício!
Vivia envolto por longas eras...
Sofria tantos impropérios, calado
A devorarem-me feito abutres e feras
C'mo meu corpo doía, sem ser tocado!
Rolava na cama dum lado a outro...
Totalmente insone, sem rumo e absorto
Ouvindo estrelas, que silentes, velavam!
Numa penumbra que aos poucos se apagava
Na vela acesa que se derretia e se curvava...
Pingos solidificados e etéreos , jorravam!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 22/03/2012
Alterado em 25/03/2012