Desço iniludível na cruz dos meus anos...
Exoro sentimentos aos píncaros da loucura
Sulcando da memória um grito que perdura
Numa dor pertinaz sob veios vulcanos.
Percorro regiões insólitas e íngremes...
Não consigo revolver à doce juventude
Que passou breve e fugaz em decrepitude...
Marcando-me sem dó, com traços disformes.
Só consigo vislumbrar cruel decadência...
Onde meu corpo s'exaure sem clemência,
E, do fundo d’alma... Só ouço um vagido!
Dum instrumento sidéreo que suplanta,
Sob acordes vibráteis em doce sonata...
Aquiescendo meu coração... Desiludido!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 22/03/2012
Alterado em 13/06/2012