rasgos de saudade nos rijos mares
alcem velas aladas nos verdes ares
cunhem lembranças que ficaram no porto
resguardem sentidos dum viver absorto.
rasgos de mim s'espraiam em vazios...
esconsa desemboco indelével nestes rios
não andejo mais por medo dos fios...
apazigüem minha dor nesta nau de estios!
rasgos do corpo que repousa nas marés
feito algas mortas atiradas das escales,
eriçam meu corpo p'ra fora em repúdio...
ao imacular estas águas por ser estéreo!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 23/03/2012
Alterado em 23/03/2012