Dormitando o sono dos loucos, pensei:
Dormindo vou sonhando, diria!
O sonho mais tranqüilo - teria!
Da tosca vida que amealhei!
Ao qual me entrego sem alegria...
Num negrume insólito que fremia...
Neste sanatório, incólume, se entregar
Sentindo-me onipresente e desaguar!
Ao conviver nesta agonia - intraduzível,
Num constelar que reluz - indecifrável...
C'mo uma flor de lótus - impenetrável!
Oh, abismo atroz do meu, eu, indizível...
Ao entregar-me senil, absorto, consumível,
No egoísmo assaz, desumano, descartável!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 10/04/2012