Mais uma tarde sob pranto que deságua... Na sofreguidão dum viver em desatino... Onde o corpo s'esmaece franzino... Boiando c’mo folha morta, exígua! Daqui posso ouvir e sentir estrelas... Do alto posso ouvir o vento uivante... Numa visão estonteante do horizonte... Pinceladas etéreas numa aquarela! Na tarde que cai silente num outeiro... No tempo que reflui frágil e ligeiro, Que s'esvai insosso e sem cheiro! Na tarde dourada em forma de braseiro... Onde o tempo vivido carece ser alviçareiro; Transmutar-me indelével em mensageiro!