Elzana Mattos

Gotas Acesas -  que jorram infinitamente...do meu ser!

Textos





     Mais uma tarde sob pranto que deságua...
     Na sofreguidão dum viver em desatino...
     Onde o corpo s'esmaece franzino...
     Boiando c’mo folha morta, exígua!
 
     Daqui posso ouvir e sentir estrelas...
     Do alto posso ouvir o vento uivante...
     Numa visão estonteante do horizonte...
     Pinceladas etéreas numa aquarela!

     Na tarde que cai silente num outeiro...
     No tempo que reflui frágil e ligeiro,
     Que s'esvai insosso e sem cheiro!

     Na tarde dourada em forma de braseiro...
     Onde o tempo vivido carece ser alviçareiro;
     Transmutar-me indelével em mensageiro!


 






 

Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 15/04/2012
Alterado em 18/04/2012
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