C'os braços encravados naquele instante fatídico...
Ancorado aos ermos da ingratidão me sacrifico,
Numa solidão absorta em redemoinhos...
Ceifado desditoso numa coroa de espinhos!
Daqui do alto posso ver os desgraçados...
Que em punho me crucificaram...
Neste martírio imolado da carne,
Onde meu espírito s'elevava...
Ao perdoar vossos pecados!
Eu, que por onde andei espalhei bem aventuranças,
Hoje, condenado, a este destino, desumano...
Ser executado... por algozes ferinos,
Que em festa comemoravam o desenlace do Divino!
Oh, que tristura passar por este mundo...
E, ter a noção exata deste infortúnio,
Porém, uma fé - inquebrantável,
Sustentou-me diante do sofrimento,
Ao esquecimento da dor sangrante...
Que aos poucos gotejava...
Ao jorrar eflúvios do amor redivivo...
P'ra os homens de Boa Vontade que advirão,
N'outros Mundos!