ser coveiro não é uma tarefa muito boa:
preparar a última estada do ser que escoa...
separar campas e regar plantas nos cemitérios;
incinerar restos mortais e despojos deletérios!
cavoucar pouco a pouco a terra anfitrioa... a rezar credos na oração que ressoa...
descerrar a pá primeira nos carneiros;
na chegada do inquilino forrada de ginérios!
sentir o calor do dia obituário na despedida
dessecar a carne dos ossos sepulcrais;
guardar nas gavetas: o início e o fim do nada!
confortar a dor c'm uma rosa pálida...
ocultar o suplício na hora dos funerais;
separar lotes p'ra a derradeira morada!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 22/05/2012
Alterado em 22/05/2012